Tera passou a atender seis vezes mais alunos após migração para Google Cloud
Skill gap é o nome dado à diferença entre a oferta e a demanda do mercado de trabalho por profissionais com determinadas competências. Para combater essa realidade em um momento de ascensão da economia digital, surgiu a Tera, uma startup brasileira de educação continuada para adultos, com foco na capacitação para novos empregos que demandam dos profissionais algumas especializações digitais que o ensino tradicional não oferece.
Poucos meses após a sua criação em 2017, a startup começou a oferecer os seus primeiros cursos por meio de uma experiência de aprendizagem que conta com conteúdos práticos e atuais, apoiados por uma rede de centenas de profissionais que atuam nas principais empresas de tecnologia do país. Desde a sua fundação, a escola cresceu exponencialmente e, hoje, oferece formações focadas em competências específicas para a economia digital, com duração entre uma semana e três meses.
Em seu segundo ano de vida, a Tera foi selecionada para participar do Programa de Residência do Google for Startups, em 2018. Desde então, o acesso aos produtos do Google com suporte personalizado fez com que a startup conseguisse solucionar alguns de seus principais problemas de crescimento.
Google Cloud como solução
Um dos diferenciais da Tera é o seu formato de ensino blended learning, que oferece aulas online, mas dá maior ênfase ao aprendizado presencial. Isso fez com que a demanda por seus cursos aumentasse consideravelmente. Mas o rápido crescimento do negócio fez com que a startup encarasse problemas de escalabilidade. “Buscamos na nuvem as respostas para alguns dos nossos gargalos", diz Wilson Tayar, sócio e CTO da startup.
Um dos obstáculos encontrados pela Tera foi o sistema de acompanhamento de vendas. Com apenas duas pessoas no time comercial, só era possível atender cerca de sete pessoas por dia, já que o processo era inteiramente manual e cada integrante da equipe tinha que passar por um ciclo bastante complexo. Como cada turma precisava de 30 pessoas para acontecer, o problema era bem claro.
Com o apoio de especialistas do Google Cloud, Wilson combinou APIs da plataforma Cloud Functions, que foram conectadas com o sistema de pagamentos App Engine e com o PubSub – plataforma de mensageria que integra sistemas hospedados no Google Cloud Platform. “Tudo ficou integrado ao PipeDrive. Assim, os contatos não precisavam aprender nada novo e, quando eles terminavam a aprovação, tinham acesso a todos os processos, condições de pagamento, fluxo das atividades e contratos até o fim”, explica Wilson.
Esse desenho de solução integrada aconteceu durante o Programa de Residência, com o auxílio específico de um especialista da Área 120 do Google, que incentiva inovação e parcerias e veio ao Brasil para ajudar as residentes do Google for Startups. “Além de sugerir a integração com o uso de Functions, o especialista também nos auxiliou na montagem da arquitetura em diversos pontos”, conta Wilson.
Seis vezes mais alunos atendidos
Após a automatização de processos, os resultados foram rápidos: a Tera passou a atender 45 clientes por dia, seis vezes mais do que antes de migrar para o Google Cloud. Além disso, o número de dias do ciclo de vendas reduziu cerca de 45%: de 25 para 15.
A velocidade conquistada permitiu à escola abrir mais turmas e aumentar seu time comercial, dobrando de duas para quatro pessoas, com mais planos de expansão. Durante o Programa de Residência, após o desenvolvimento de soluções em Google Cloud, o resultado foi imediato: o faturamento anual da Tera cresceu 35%.
Entre a sua abertura e 2019, a Tera já formou três mil alunos, que reportam de volta para a startup o impacto em suas carreiras: 25% dos estudantes recebem novas oportunidades de trabalho após o curso e 43% têm aumento de renda após a nova formação.